quinta-feira, 11 de abril de 2013

Das coisas como são...

Eu sempre disse, incluíndo aqui, que sou das pessoas que acumulam. Acumulo, acumulo, acumulo. E depois expludo.

É cíclico. É inevitável. É certinho, certinho, como a Terra que gira em torno do Sol.

Eu não falo, eu não partilho, eu não desabafo, eu não descarrego, eu não descomprimo.

Eu acumulo.

Vou enchendo, enchendo, enchendo. 

Até ao limite da minha capacidade (que ainda é alguma, diga-se).

E depois expludo.

Mais dia, menos dia.

Mas expludo.

Raramente expludo por alguma razão muito lógica ou em momento particularmente conveniente.

Eu expludo só porque sim. Eu expludo quando calha.

E quando expludo não é bonito, não.

E as projecções das minhas explosões raramente atingem quem deviam. Atingem quem está mais perto, invariavelmente.

E é injusto. E não devia ser assim. E eu não devia ser assim.

Mas ainda não aprendi a ser de outra forma.

Talvez com o tempo.

7 comentários:

  1. pois eu sou o contrário. o que é para dizer sai logo. Tenho um bem passa-me depressa. :) não podemos ser todos igual certo?
    bj

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  2. Tu escreves e eu vejo-me ao espelho...

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  3. Eu também acumulo mas no sentido de ser MUITOOOOOOOOOO tolerante. Mas no dia em que me "saltar a tampa"...é chato. Seja como for não remoou as situações. Simplesmente há de haver um dia que não vou querer aturar mais.
    Até o elástico que estica bastante...tem limites, não é ?
    Beijinho

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  4. Eu sou mais de me saltar a tampa logo, mas quando não me salta no momento, fico a pensar e repensar no assunto e quem estiver por perto leva por tabela! Não gosto de ser assim, mas sou.

    Bjs

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  5. - É a triste verdade, meu caro. Uma pessoa não tem outro remédio senão fazer mal a quem tem à mão.

    Feira popular, Homens-Aranhas, Rui Zink

    :(

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