segunda-feira, 1 de abril de 2013

Das viagens ao passado...

Ao vasculhar o meu baú das memórias deparei-me há pouco com um texto escrito no longínquo ano de 2006, em que dizia que tu foste um erro. Que tu foste dezenas de erros. Que tudo foi um erro.

Quão injusta! Quão precipitada!

É curioso como há sete anos atrás eu escrevia tão levianamente... Como eu era impetuosa, rápida a julgar e a apontar o dedo.

Tu não foste um erro. Muito menos, foste dezenas de erros.

Tu foste um momento bom. Mais, foste vários momentos bons. Foste muitos momentos bons.

Tu és uma boa memória, daquelas que nos deixam a divagar e nos fazem sorrir.

Tu entraste na minha vida quando tínhamos, talvez, uns quinze ou dezasseis anos. No auge da nossa juventude, das nossas crises existenciais, dos dramas, dos medos, dos disparates, dos riscos. 

Crescemos juntos. Em todos os sentidos. E esse crescimento levou-nos a divergir.

Mas tu não foste nunca um erro. Se alguém errou, fui eu.

E, hoje, passados tantos anos, tenho a capacidade de perceber que reconhecer esse erro perante ti, seria também um erro.




Curiosa esta coisa da passagem do tempo... Muda-nos, muda a nossa perspectiva, muda tudo... 

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