quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Das conversas que me deixam a meditar...

Hoje, à hora de almoço, numa esplanada a beber café e a apanhar um Sol que me soube pela vida, falava-se de relações. Sobretudo, de fracassos de relações.

Curiosa esta coisa da idade. Esta coisa de crescermos. Esta coisa da nossa visão do mundo mudar. Chama-se aprender, dizem.

O certo é que eu aprendi muito sobre mim nos últimos anos. E uma das coisas que hoje percebi que aprendi foi a conhecer-me melhor e a reconhecer as minhas falhas. Que são muitas.

Se há coisa que aprendi é que tenho de ser mais compreensiva. Mais tolerante. Tenho de ceder mais.

Não é fácil. Não nasci rodeada de compreensão nem de tolerância. E, digam o que disserem, somos em adultos aquilo que vemos ser em crianças. E eu sou assim.

O que não quer dizer que não possa mudar. Que posso. Reconhecê-lo é só o primeiro passo.

A seguir, é pôr em prática.

E a primeira lição a pôr em prática é: há guerras que não vale a pena ter. E isto aplica-se a tudo: relações amorosas, familiares, profissionais, amizades. Há guerras que são um puro desperdício de energia. E que só moem. E que não levam a nada.

Há guerras que até podemos ganhar, mas os danos colaterais que provocam não compensam em nada aquilo que achamos estar a ganhar.

Além disso, devemos focar as nossas energias naquilo que é realmente importante. Vale a pena discutir com alguém por causa de dez coisas diferentes? Dez discussões? Dez guerras? Dez novas feridas e cicatrizes? Ou não será mais interessante aprender a lidar com nove coisas que até nem são assim tão importantes e concentrarmo-nos a lutar por aquela que é realmente crucial?

E sim, eu já perdi muito tempo com guerras desnecessárias. Eu já desperdicei muitas energias com discussões por coisas sem importância. Eu já foquei as minhas energias em coisas que não devia.

Mas sim, eu aprendi com isso. Aprendi que, por um lado, tenho de ceder, e, por outro, tenho de focar-me no que é realmente importante.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Das coisas que eu descubro...


Quando estiverem a morrer de calor, a desesperar, sem saber o que mais fazer, sem mais roupa para despir... Experimentem o creme que acabei de pôr.

Já o pus há meia-hora e continuo a acreditar piamente que mesmo com pijama, robe e manta, vou entrar em hipotermia.

No próximo Verão não há calor que me assista. 

Das fotografias que dão alegria... - Day 15


O dia 15 de Janeiro parece-me um dia tão válido como qualquer outro para arrumar as decorações de Natal. Todas as seis que eu tinha.

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Das fotografias que dão alegria... - Day 13


Jantar de hoje: legumes salteados com miolo de camarão.

Tenho andado a tentar melhorar a alimentação. Mais legumes, mais fruta, menos porcaria. Uma das coisas que se me apresenta mais complicada é fazer refeições sem hidratos de carbono. Mas esta resultou super bem. Soube mil vezes melhor do que aparenta e o grau de dificuldade está próximo do zero.

domingo, 12 de janeiro de 2014

Das fotografias que dão alegria... - Day 12


Um Domingo bom, mesmo bom? Apanhar uma das melhores amigas e irmos direitas ao Chiado. Ao Museu Nacional de Arte Contemporânea, mais precisamente. 


Visita à exposição temporária (de Jorge Molder) e voltinha pela exposição permanente, que permite um panorama geral da arte em Portugal nos séculos XIX e XX. 

E sim, mais uma vez concluí que nós também temos coisas muito boas. Às vezes, deslumbramo-nos com o que vemos lá fora, com as National Gallerys e os Prados desse Mundo. E, na maior parte das vezes, esquecemo-nos de olhar para o que temos cá dentro: o que é nosso. 


Saídas do Museu, almoço nos Armazéns e depois apanhar uma molha valente até ao carro, que estava na Avenida. Há muito, muito tempo que não ficava tão encharcada...

Destino seguinte? Casa dos pais (que não estavam), ver a nova tatuagem da irmã mais nova (que está histérica com a mesma), aproveitar para secar o cabelo que escorria água, e esperar por outra das melhores amigas para ir beber café.

Pôr a conversa em dia. Despejar a alma. Trocar ideias. Dizer o que não digo a mais ninguém. Esta semana foi dura e difícil e precisava mesmo de uma conversa destas. 

Chegar a casa com a certeza de ser uma sortuda. Uma privilegiada. E saber que tenho tudo para ser feliz. Resta não baixar os braços, não desesperar e saber esperar.

sábado, 11 de janeiro de 2014

Das constatações...

Viver no centro da cidade é...

... poder ir a pé às Amoreiras. E sim, as Amoreiras continuam a ser o melhor centro comercial de Lisboa.

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Das fotografias que dão alegria... - Day 10


Se eu podia pôr aqui um statement necklace super fashion
Poder podia, mas não era a mesma coisa.

O meu statement  é este: usar um colar que era da minha avó. 
Talvez não seja o último grito da moda, mas além de ser especial, eu gosto muito dele.

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Das coisas fofinhas do meu dia...

- começar o dia com uma caminhada de três quilómetros;

- antes das oito e meia da manhã estar a receber mails de uma colega que uma vez na vida chegou mais cedo e quer ter a certeza que toda a gente fica a saber;

- chefinha dar-me um excel com 2200 nomes e dados para segmentar e, não sendo isso mau o suficiente, ter que levar com o último nome que me apetecia ver à frente;

- baldar-me a uma inauguração porque é muito melhor vir para casa falar com a Cookie do que partilhar tempo e espaço com gente estranha. Eu adoro arte, mas a verdade é que a maior parte dos artistas e gentes do meio não se aguenta;

- e agora vou ali pensar na minha auto-avaliação para a avaliação anual do estaminé. Coisa bonita e interessante, portanto;

- entretanto lembrei-me que devia ter estudado Francês para o teste de amanhã e não estudei nada (eu trabalho num sítio deveras fofinho onde tenho direito a aulas de Francês e em Fevereiro vou fazer o exame da Alliance Française - só porque sim).

Espectacular o meu dia, não?

Dos frutos de uma insónia que me fez acordar às seis da manhã...

Porque no que diz respeito ao Amor, somos todo uma grande casa em permanente construção.

Temos as nossas fundações, que somos nós próprios, aquilo de que somos feitos, as nossas crenças, o nosso passado, os nossos sonhos, as nossas cicatrizes. 

Depois das fundações, vamos construindo o resto da casa. Construímos as paredes. Construímos janelas de onde vamos espreitando. Construímos uma porta.

E um dia abrimos essa porta. E deixamos alguém entrar.

Primeiro, para o hall de entrada, timidamente. Depois, a pouco e pouco, para o resto da casa.

E vamos continuando a construir a casa em conjunto com a pessoa que acreditámos ser a certa para um projecto de vida. Escolhemos de que tom queremos pintar a nossa vida. Escolhemos o colchão e o sofá que nos dão conforto. Escolhemos a decoração. Tiramos fotografias e penduramos molduras. Criamos memórias. Criamos raízes. Instalamo-nos e deixamos que se instalem.

Construímos a nossa casa acreditando que é para a vida. Que é aquela a nossa zona de conforto, que nos protege, que nos abriga, que nos dá os momentos bons e os menos bons, mas que é parte de nós.

Mas, a pouco e pouco, a casa vai-se degradando. Há uma pequena infiltração na casa-de-banho. Há um cortinado que se rompe. Há uma moldura que cai e se parte. Vamos pondo remendos, vamos reparando, vamos substituindo o que é substituível. Mas há infiltrações que corroem a estrutura, que minam o interior da casa, que chegam às fundações.

E a casa vai ficando instável. A casa vai abanando. Pelas frestas das janelas mal vedadas vai entrando frio. E percebemos que a nossa casa, o nosso porto de abrigo, já não nos é tão confortável. Já não é o nosso sítio perfeito. As cores que escolhemos já não nos agradam. O colchão dá-nos dores nas costas. As molduras penduradas retratam momentos de que já não nos lembramos. 

Aos poucos, a nossa casa deixa de ser a nossa casa e transforma-se num velho edifício degradado a que não nos apetece regressar.

Até que um dia há um terramoto e a casa cai. A casa desfaz-se. A casa fica  destruída. Não há nada a fazer. Não temos em nós forças para a reconstruir. Não temos em nós vontade para a reconstruir. E, no fundo, sabemos que mesmo com toda a força e vontade do mundo, não haveria nada a fazer. Aquele projecto a dois caiu por terra.

Resta-nos limpar os escombros. Deitar fora o entulho que fica. Deixar novamente a descoberto as fundações. Repará-las. Fortificá-las. Reconstruir o que foi destruído. Aceitar as marcas que ficaram e torná-las parte de nós. Das nossas fundações. As fundações que, por mais terramotos que haja, por mais abanões que sofram, nada pode destruir.

Das fotografias que dão alegria... - Day 9

Bom dia Lisboa!


quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Das fotografias que dão alegria... - Day 8


Mais uma fotografia que não é de hoje, obviamente. Tem sido alguma a batota, mas tenho tentado pôr aqui qualquer coisa. Escrever qualquer coisa.

O que eu não dava para me enfiar agora num avião e ir passar uns dias a qualquer lado!... Mas não, com o dinheiro de uma mini-viagem paguei ontem o seguro de saúde para o ano inteiro. Bem mais importante, mas tão mais desinteressante!...

Se alguém quiser oferecer um bilhete, Londres, Barcelona, Paris, Amesterdão e Berlim estão no topo das prioridades. Eu agradeço e a minha sanidade mental também.

Das considerações sobre os dotes alheios...

Perdoai as generalizações, Senhores. Perdoai.

Mas, sinceramente, os homens são burros. São burros, pronto. São fortes e capazes e com muitos e variados dotes. Mas a inteligência não é um deles.

E a maior burrice de um homem, Senhores atentai bem, é subestimar a inteligência de uma mulher. E fazem-no tantas vezes, Senhores! Pobres deles, que o fazem tantas vezes!...


terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Das fotografias que dão alegria... - Day 7


Em dia de fazer a cama de lavado (já disse que adoro dormir em camas feitas de lavado?), fica uma fotografia de um detalhe do cobertor que tenho posto na cama.

Não é o mais bonito. Mas é, seguramente, o mais antigo que conheço. Lembro-me deste cobertor há mais de vinte anos. Há inclusivamente fotos minhas em que aparece este cobertor, com mais de vinte anos.

Este era o cobertor que eu e o meu irmão usávamos quando vivíamos na casa de Queluz para, entre o móvel da sala, o sofá e a mesa de apoio, criar a nossa tenda, os nossos esconderijos, ou simplesmente uma muito pseudo-cama de rede, onde convencíamos o meu pai a deixar-nos dormir.

Não é o mais bonito. Mas é, seguramente, o mais especial.

Das campanhas que nos deixam a sorrir...

A Santini lançou uma campanha para acabar com o abandono dos gelados no Inverno.

Ide ver o vídeo, ide!

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Das fotografias que dão alegria... - Day 6



Esta foto também não é de hoje, obviamente. E não sei se já a teria posto aqui.

Preciso de férias. Urgentemente. Só estou à espera de saber como fica a minha vida lá no estaminé para pegar em mim e na Mary Cookie e rumar ao Sul. Onde esta foto foi tirada. A Lagos. Onde ainda não fui capaz de voltar. Mas onde sei que tenho e devo voltar.

Da minha carreira perdida na representação...


Curiosa esta sensação de entranhas revolvidas.

Este arrepio frio, esta vertigem, este não sentir o chão.

Há um aperto no peito. Um nó na garganta. Uma sensação de queda.

É difícil descrever o que sinto. É uma sensação que senti apenas raras vezes. Felizmente. Porque é das piores sensações que já senti.

Curiosa também a imagem que têm de mim. Eu sou a má da fita. A cabra. A fria. A racional.

Devia ter ido para o teatro. Talvez ganhasse algum dinheiro a fingir o que não sinto.



Das constatações matinais...

O facto de eu não demonstrar as minhas emoções, não significa que não as tenha.

Esclarecidos?

domingo, 5 de janeiro de 2014

Das fotografias que dão alegria... - Day 5



Não é de hoje. É de há exactamente uma semana atrás. Mas é uma foto. De uma obra a que achei piada.

Foi tirada no CAM, quando fui ver a exposição do Amadeo de Souza-Cardoso. A quem não viu, fica a recomendação: ide ver, até 17 de Janeiro. Aos Domingos não se paga. Não há desculpa possível!

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Das fotografias que dão alegria... - Day 1

Para este ano quero... Continuar a dar muito uso ao meu pequeno Kindle (que foi provavelmente a melhor coisa que me ofereceram em 2013) e voltar a fotografar. Muito. Mesmo que seja com o telemóvel. Mesmo que seja com uma qualidade duvidosa. Quero que a fotografia volte a fazer parte dos meus dias. Todos os dias.


Os devaneios Agridoces mais lidos nos últimos tempos...