domingo, 8 de novembro de 2015

Da ajuda...

Ajuda. Ajudar. Ser ajudado.

Considero-me uma pessoa que ajuda. Não faço disso bandeira por achar que podemos fazer sempre mais. Mas ajudo. Gosto de ajudar.

Ser ajudada? Ser ajudada não é assim tão simples.

Fui educada para ser desenrascada. Fui educada para ser independente e para resolver os meus problemas sozinha.

Por isso, é com estranheza que recebo a ajuda que à minha volta me oferecem. Com estranheza e com muita relutância. Não peço ajuda. Não sei o que isso é. Ainda assim, quando a oferecem e insistem, de quando em vez, lá a aceito.

E quando aceito ajuda, de livre vontade ou a isso forçada, comovo-me. Comovo-me com a bondade dos outros. Com os que ajudam por ajudar. Com os que ajudam sem esperar nada em troca. Com os que ajudam mesmo sabendo que eu sou terrível a mostrar a minha gratidão. Com os que ajudam por saberem que eu preciso de ajuda mas não sei como pedi-la.

E sou uma sortuda. Sou uma sortuda porque nas últimas semanas tive várias pessoas a ajudar-me. Porque sim. Sem esperar nada em troca. Desde as pessoas mais próximas até perfeitos desconhecidos.

Sou uma sortuda e estou muito grata pelas pessoas que a vida colocou à minha volta. Estou muito grata pela ajuda que tenho recebido. Mesmo que nem sempre o consiga expressar, mesmo que me faltem as palavras, a garganta se feche e os olhos se encham de lágrimas. Sou uma sortuda. E o Mundo pode estar a ruir à minha volta. Mas sou uma sortuda.

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