terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Da minha tendência natural para o disparate...

Às vezes, só às vezes, olho para a minha vida como se não fosse eu. Como se estivesse a levitar e a ver-me lá do alto. A ver o que faço, o que digo, os passos que dou. E quando isto acontece, invariavelmente, apetece-me dar-me um abanão.

É difícil isto de viver. É difícil, tão difícil!, saber se estamos a tomar as decisões certas. Tenho sérias dificuldades em distinguir entre os momentos em que estou a ser demasiado complicada, exigente e racional, dos momentos em que estou a ser inteligente e a fazer o que é, efectivamente, o melhor para mim.

Isto melhora lá para os 40 ou vai ser sempre assim?...

7 comentários:

  1. Melhora muito com a idade, digo eu dos tamancos dos meus 42 anos. Agora, a sério, a minha perspectiva sobre a vida sobre o que andava a fazer nela só ficou bem definida quando fui mãe...Também questionava tudo...se não tivesse sido mãe, se calhar só mesmo agora perto dos 40.

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  2. Ainda lá não cheguei e por vezes sou como tu... Bjs e força nisso!

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  3. Ainda tenho algumas crises existenciais, e não sendo um caminho linear, melhora muito. Quanto às decisões, opto por aceitar que fiz o que achei a fazer naquele momento, na situação que estava e com a informação que tinha. Se for caso disso, tirar ilações, mas acredito que nunca há decisões completamente certas e erradas (como é que podes avaliar isso, algo que hoje parece mau pode tornar-se o melhor que nos aconteceu daqui por uns anos, ou o contrário – nunca te aconteceu?), por isso não me detenho nesse impasse e acho que ajuda. Viver é mesmo isso, nunca podes saber se a decisão é certa ou errada, só seguir em frente. Além disso, as decisões que nos parecem grandes no momento acabam por ser bem mais pequenas e ter um significado menor no panorama geral... é mais ou menos aí que eu estou, agora que estou mais perto dos 40…

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    1. Mas é tão difícil seguir em frente com tantos "ses"... Não consigo parar de pensar e questionar!... Mas obviamente que tens razão e só a médio prazo conseguirei perceber verdadeiramente se tomei as decisões certas ou erradas. Mas é difícil lidar com isso!... Pode ser que seja mais fácil quando aí chegar :)

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  4. Isso melhora com a idade, acho. Mas também está muito relacionado com o ter auto-estima. Convém te-la...caso contrário...é complicado.

    Convém aceitar que somos humanos e é normal errar (não fazendo disso desculpa para asneirar o tempo todo).

    Convém perceber que se passamos a vida toda a culparmo-nos pelos erros...não aproveitamos nada...e morremos a seguir (para que serve tanta dor então ???)

    Convém perceber que se não gostamos de nós próprios nunca saberemos amar os outros como deve ser.

    É bom ficar feliz com o sucesso e tirar lições do fracasso para crescermos como seres humanos.

    O ideal é sermos nós próprios. Com o mínimo de filtros possível. Precisa desabafar ? Desabafa. Precisa chorar, chora. Precisa dizer a alguém o que sente ? Diz. A curto prazo talvez as pessoas fiquem chateadas ou magoadas mas a longo prazo isso dá-nos uma vantagem muito grande...aliás...duas (falo por experiência):

    1- As pessoas sabem que podem confiar em nós porque não fingimos gostar do que não gostamos

    2- Somos mais respeitados.


    FELICIDADES :)

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    1. Obrigada pelas tuas palavras! A questão da confiança é importante, claro. Quanto mais acreditarmos e confiarmos em nós, mais facilmente acreditamos nas nossas decisões. E sim, temos de ser nós próprios. É todo um "work in progress" :)

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