segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

Da São Silvestre de Lisboa e da São Silvestre dos Olivais...

Duas provas completamente diferentes, duas provas especiais e imperdíveis para mim. O ano passado também fiz as duas, mas calhou que o ano passado fosse primeiro a dos Olivais e depois a de Lisboa, ao contrário do que aconteceu este ano. Acho que prefiro como foi este ano, com a de Lisboa primeiro, e a dos Olivais, mais exigente, depois. 

A São Silvestre de Lisboa fez jus ao mote da HMS Sports "correr para ser feliz". Porque fui feliz. Mesmo quando não fui. Mesmo quando roguei pragas ao empedrado da Ribeira das Naus (nunca me hei-de habituar àquilo e nunca hei-de fazer a Maratona de Lisboa que ninguém merece levar com aquilo na recta final de uma Maratona). Mesmo quando tive de ir buscar forças ao fundo do meu ser para não vacilar e parar de correr ao longo da interminável Avenida da Liberdade. Mesmo quando gente tonta decidia atravessar a estrada de qualquer maneira, obrigando-me a extraordinários passos de dança para não chocar com ninguém. Mesmo quando tive dores nas coxas. Eu fui feliz.


E também fui feliz graças ao tão mal afamado turismo que invade Lisboa. É que se não fossem os espanhóis a gritar "Venga! Ânimo!", pouco mais se ouvia nas ruas da baixa e afins... É triste, mas dos portugueses o que mais ouvi foi queixas por quererem atravessar as estradas e não poderem. Ainda estamos a anos-luz do que se passa no nosso país vizinho, no que a este aspecto diz respeito... 


E fui feliz mesmo tendo feito o meu segundo pior tempo nesta prova. Mas fui feliz porque fiz menos 5 minutos do que nos 10km dos Descobrimentos, há menos de um mês atrás. Ter conseguido tirar 5 minutos ao meu tempo deu-me a esperança de que eu precisava, deu-me ânimo, deu-me motivação para continuar a treinar, porque os resultados hão-de aparecer. Basta saber esperar.

Foi a minha quarta São Silvestre de Lisboa. Esta foi a primeira prova a sério que eu fiz. E não deixa de ser um sentimento curioso, este de estar a fazer pela quarta vez a minha prova. Eu, pessoa que nos últimos 15 anos fez pouco ou nenhum desporto, agora até já participo em provas em 4 edições seguidas!... Talvez haja esperança para o Mundo, afinal!...

E como não podia deixar de ser, fui à São Silvestre dos Olivais. É uma prova com a qual simpatizo bastante, é uma prova pequena, de bairro, com muito apoio nas ruas, e que tem aquela vantagem de me permitir ir a pé de casa. Como não ir, certo?!

Claro que fui, sabendo que não podia pensar em grandes objectivos. Não tenho treinado grande coisa, continuo numa recuperação lenta, tenho andado com dores chatas e um desconforto incomodativo, e a prova não é exactamente fácil. Mas fui, disposta a fazer o que fosse capaz. 

E fui capaz de fazer apenas mais 1 minuto e 12 segundos do que na véspera! E isto, para mim, foi extraordinário. Sobretudo, porque não fui capaz de fazer a prova toda a correr. 


Fiz os primeiros 5km sem parar, mas depois começou a fase das subidas demoníacas e eu tive de começar a alternar corrida e caminhada. Sem culpas, sem frustrações. A ouvir o meu corpo e a saber que o que importava era chegar ao fim. E cheguei. E ainda acelerei no último quilómetro com as forças que me restavam.


E fui feliz outra vez. Porque "correr para ser feliz" faz mesmo todo o sentido.

Em 2019, corram para serem felizes! 

sábado, 29 de dezembro de 2018

Da animação que é viver com um daltónico... - I

Já há muito tempo que queria ter criado aqui esta rubrica. Fui adiando, adiando, adiando, mas hoje achei que não dava mais. 

Depois da São Silvestre de Lisboa, e do banho tomado, saímos para jantar sushi (muita proteína!), e quando chegámos começámos a ver as fotos da prova. A dada altura, dá-se o seguinte diálogo:

Ele - Foi giro eles terem dado medalhas cor-de-rosa às mulheres este ano.
Eu - Não foi só às mulheres. Foi a toda a gente.
Ele - Não, não. Foi só às mulheres.
Eu - Não foi nada, foi igual para todos.
Ele - Mas a minha não é cor-de-rosa.
Eu - Não? Então é de que cor?
Ele - É verde.

Foto da organização.

Certo.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2018

Do estado deste blogue, do Natal e das ilhas desertas...

Este blogue ficou entregue ao abandono. Não é por mal. Não é exactamente por falta de tempo, ainda que ele não abunde por aqui. Não é que não tenha nada para dizer, que não me apeteça, ou não me lembre dos mais variadíssimos posts ao longo do dia.

Não tenho escrito porque queria escrever sobre o Natal e não quero escrever sobre o Natal. Pois. Se escrever sobre o Natal, corro o risco de dizer coisas que não devia dizer. E eu não quero dizer coisas que não devia dizer. 

O Natal passou-se. Foi mais um. Mais um que me deixou a pensar na forma como vivo o Natal que não é a forma como gostaria de viver o Natal. Mas também me deixou a pensar em expectativas. Em gestão de expectativas. Não posso esperar que os outros vivam o Natal da mesma forma que eu. Não posso esperar que os outros valorizem o mesmo que eu. Não posso esperar que os outros sejam como eu gostaria que fossem. Talvez não possa esperar nada, para garantir que não exijo demasiado dos outros nem vejo as minhas expectativas defraudadas.

Neste Natal, à semelhança do que se passou no ano passado, pedi que não me dessem presentes e que doassem o valor que gastariam comigo a alguma associação que dele mais precisasse. Também não dei presentes aos adultos, apenas presentes de comer, feitos por mim. Doei dinheiro a quem dele precisa. Para mim, é o que faz sentido. 

O único presente que eu queria verdadeiramente este Natal, era ter a família toda junta. A que está viva, pelo menos. Mas isso não aconteceu. E não me apetece dizer mais nada sobre o Natal.



Para o ano talvez o passe numa ilha nas Caraíbas. Só ainda não escolhi qual. 

quinta-feira, 20 de dezembro de 2018

Do meu estado actual...


A caminho do escritório, com um saco cheio de saquinhos destes. 

Se me quiserem ter como colega, avisem e eu envio o CV. 

quarta-feira, 19 de dezembro de 2018

Das boas notícias pela manhã...



É oficial: daqui a 8 meses e uma semana estaremos em Chamonix. Eu em modo chearleader, ele em modo cromo a subir pelo Monte Branco acima. Não é fácil perceber qual dos dois está mais entusiasmado! 

segunda-feira, 17 de dezembro de 2018

Das coisas que saem da minha cozinha... - XX

Os últimos tempos na cozinha têm sido pautados pelo modo preguiça. Pouco ou nada faço. Quando faço, não me apetece fotografar e partilhar.

Mas o Natal aproxima-se... E eu testo receitas, eu preparo presentes, eu faço sobremesas para levar para almoços e jantares.

Assim sendo, sai a modos que uma compilação dos meus últimos cozinhados...


Bolachas de chocolate e manteiga de nozes pecan caramelizadas. Adaptei a receita da Joana Macieira daqui, e aproveitei para despachar uma embalagem destas da Prozis, que andava por aqui perdida (e que ninguém ia comer porque aquilo não é grande coisa, convenhamos...). Já fiz estas bolachas na versão original e são ma-ra-vi-lho-sas.


Já não me lembrava do quão divinal pode ser um bom curd. Este lembrou-me disso e deu-me vontade de o comer. Todos os dias. À colher. Como tenho algum (pouco) auto-controlo, tento disfarçar, e ainda hoje de manhã comi-o com as panquecas. Sempre parece menos mal. Receita daqui.


A razão pela qual fiz o curd foi para poder fazer esta torta. E a combinação fez sucesso! Apesar de eu ter sido uma desgraça a enrolá-la, e de ter deixado o curd escorrer por todo o lado, incluindo pela bancada e pelos móveis da cozinha abaixo... Foi um processo duro e difícil, mas valeu a pena!



Claro que depois do curd, fiquei com claras perdidas... E decidi fazer então, pela primeira vez, o famoso bolo de claras da Bimby. Já não sei que receita usei, porque vi várias e acabei por inventar. Não fiquei maravilhada, mas bastou juntar-lhe o curd de maracujá, e ficou logo muito melhor! (não, não há aqui nenhuma obsessão com o curd...)


E já a dar início à produção dos presente de Natal, voltei a fazer granola caseira. Gosto muito desta receita. Não só por ser simples, mas por ser fácil de adaptar aos frutos secos que tenho em casa.

Há bocado andei a preparar mais coisas para o Natal, mas (ainda) não fotografei. Os próximos serões serão dedicados à culinária, para ter tudo pronto a tempo... Diz que falta uma semana, não é verdade?

sexta-feira, 7 de dezembro de 2018

Dos dramas que afligem a minha vida...

Pessoa não gosta de confusões. Pessoa não gosta de festivais. Na verdade, pessoa não gosta de pessoas o que a leva a evitar todos os aglomerados das ditas.

Pessoa começou o dia a saber que o Thom Yorke vem ao Alive e o Father John Misty ao Paredes de Coura.

Pessoa tem decisões difíceis para tomar.


(escrito directamente da lavagem automática, porque a pessoa tirou o dia de férias para fazer coisas tão interessantes como lavar o carro... A vida glamourosa das bloggers é só para algumas... ) 

quinta-feira, 6 de dezembro de 2018

terça-feira, 4 de dezembro de 2018

Da Meia Maratona dos Descobrimentos...

Foi há precisamente 2 anos que fiz a minha primeira Meia Maratona dos Descobrimentos. E única, até ver. Desde então, passaram muitas e muitas provas de estrada, mas aquela continua a ser a minha pior prova de estrada de todos os tempos. O relato que fiz na altura não ilustra nem um décimo do quão difícil a prova foi para mim. Estava numa altura complicada da minha vida, não tinha tempo para treinar, a minha cabeça estava num pequeno caos, e a chuva torrencial soou-me a castigo dos deuses enviado especialmente para mim. Não sei como, mas cheguei ao fim. Com o meu pior tempo de sempre numa meia, mas cheguei ao fim.

Mas aquela meia não representa apenas a minha pior prova de estrada. Aquela meia representa também o início do melhor que me aconteceu nos últimos anos.

Foi naquela meia que o vi pela primeira vez. No Terreiro do Paço. Eu a sair do Terreiro do Paço em direcção a Santa Apolónia, com ainda muitos quilómetros pela frente, ele já a voltar para trás, a entrar no Terreiro do Paço, para ir em direcção ao Rossio. Não foi combinado, mas se fosse acho que não corria tão bem. Foi pura coincidência que nos tivéssemos cruzado ali. Se eu tivesse sido (ainda) mais lenta, não o teria visto. Talvez aqui conte um dia como nos conhecemos, mas fica o registo de que foi naquela prova, naquela esquina, que eu o vi pela primeira vez.

E foi por causa do sabor agridoce que aquela prova me deixou, com esta mistura entre o pior e o melhor que já me aconteceu, que eu achei que devia voltar a fazer a prova, para que ela se enchesse de boas recordações, e eu pudesse fazer as pazes com aquele dia de temporal. 

Fiz a inscrição há uns meses, ainda não tinha voltado a correr, arrastando uma das BFF comigo. A minha recuperação foi o que se sabe, ela também não tinha treinado, e achámos sensato alterar as inscrições para os 10km. E foi. Profundamente sensato.

E foi assim que Domingo fiz o meu regresso aos 10km. O meu único objectivo nesta prova era muito claro: fazer 10km a correr sem parar, fosse a que ritmo fosse. Ora, isto pode não parecer muito mas a última vez em que eu tinha corrido 10km sem parar tinha sido... No dia 22 de Abril, na Maratona de Madrid. Assim, 7 meses depois, foi de facto um feito enorme para mim voltar aos 10km e, apesar do tempo miserável que fiz, não pude não me sentir muito feliz e orgulhosa quando cortei aquela meta.

O único problema é que deixei de ter desculpa para andar armada em lontra, a inventar desculpas e a dizer que não consigo correr mais do que 6 ou 7km de cada vez... Parece que agora é a sério, e é bom que eu treine, que diz que até ao fim do mês tenho 4 provas (talvez 5), e daqui a menos de 2 meses tenho o meu regresso à ilha!... 

quarta-feira, 28 de novembro de 2018

Da minha carta ao Pai Natal...

Querido Pai Natal,

Talvez tu não saibas (ou, se calhar, até sabes porque sempre me disseram que tu sabes tudo e vês tudo), mas eu gosto muito de ti. Pouca gente vive o Natal com o entusiasmo que eu vivo e espera pelo teu dia como eu. Perdoa a falta de modéstia.

Este ano eu portei-me bem. Quero dizer, mais ou menos. Mas comi a sopa toda, fiz a cama antes de sair de casa, não comi doces todos os dias, fiz os trabalhos de casa, fiz uma Maratona, não disse (muitas) asneiras e não bati em ninguém (nem mesmo quando levaram a minha paciência aos limites - e, acredita, levaram).

Também deves saber que este não foi exactamente um ano fácil para mim.

Por tudo isto, eu gostava muito que tu ponderasses dar-me o único presente que eu gostava de ter: uma boa notícia, daquelas mesmo boas, até ao final do ano. Não precisa de chegar à meia-noite de dia 24. Nem precisa de vir embrulhada. Mas achas que consegues?

Obrigada. Obrigada. Obrigada.

Agridoce


P.S. - vou deixar um prato com bolachas e um copo de leite ao pé da árvore, mas é provável que não sobrevivam ao Snow. Não leves a mal.

terça-feira, 27 de novembro de 2018

Do meu regresso ao ginásio...

Depois do regresso às corridas, temos o regresso ao ginásio. Talvez tenha sido a constatação do meu novo estatuto de F35, e a cada vez mais clara percepção de que já não vou para nova, mas o certo é que me deu para isto esta semana. 

E se voltar ao ginásio foi uma decisão inteligente, ter escolhido uma aula de Bodybalance para marcar esse mesmo regresso, foi menos inteligente. Mas achei que devia começar por uma aula mais calma, que não puxasse muito pelos abdominais (nem por nada, já agora). 

E já não me lembrava por que motivo nunca ia a Bodybalance. Ontem, no meio do vigésimo quinto bocejo, lembrei-me.

Aquilo não é para mim. Lamento. Admiro e respeito quem gosta. Mas não é para mim.

Eu não consigo estar ali quase uma hora a empurrar bolas imaginárias no vazio, a ouvir o meu respirar, a tentar equilibrar-me numa perna enquanto a outra se estica toda e tenta apanhar a estrela cadente que passa no tecto. Não dá. 

O problema sou eu, não és tu, Bodybalance.

segunda-feira, 26 de novembro de 2018

Do meu regresso às corridas...

Foi ontem. Na bela localidade que é Porto Salvo. No arranque de mais um Troféu de Oeiras. Que está de parabéns, diga-se, porque este ano a prova das mulheres só atrasou 25 minutos. Foi uma melhoria de 20 minutos em relação ao ano passado!...

Claro que isto também aconteceu porque estava menos gente. Muito menos gente. Não sei se pelo mau tempo que estava, com a chuva a querer dar um ar da sua graça, ou se é mesmo indicativo de que esta época vai ser menos concorrida. Veremos na próxima!

A minha equipa, pelo contrário, tem cada vez mais gente e o ânimo mantém-se. Ontem tivemos 5 pódios! Quando comecei a correr com eles éramos muito poucos em cada prova e não sonhávamos sequer com tal meta... É bom ver como as coisas mudaram em dois anos, e como temos conseguido crescer! Se alguém se quiser juntar a uma equipa espectacular, é só dizer!

Quanto ao meu regresso propriamente dito... 


Foi duro e difícil. Já se sabe que estas provas não são fáceis. Muitas subidas. Muitas descidas. Para quem não tem treinado, não é o ideal. Não consegui fazer a prova toda a correr, mas já sabia que assim ia ser. Ao fim dos primeiros dois quilómetros, numa subida maravilhosa, lá tive de encostar e caminhar um bocadinho. E voltei a fazê-lo mais tarde. Sem dramas. O objectivo era chegar ao final, e cheguei. Acabei por fazer aproximadamente mais um minuto e vinte por quilómetro do que no ano passado, o que é imenso, mas também é um número confortável que me deixa muita margem para melhorar. No fim de contas, fiz 2 pontos e fiquei nos últimos lugares do meu escalão. Farei melhor na próxima, certamente. 

Agora é voltar a treinar consistentemente e sei que isto volta ao sítio. Assim os meus pulmões queiram colaborar! 

Não podia não referir a boa surpresa que foi encontrar o João Lima por lá! O João tem  sempre uma palavra de ânimo e de força para nos dar, e é sempre uma honra ter um atleta como ele a aplaudir-nos e a dar-nos força! Obrigada, João! Para a semana estarei a aplaudir-te à distância! 


domingo, 25 de novembro de 2018

Do quão Dory eu sou...


Há bocado estava a arrumar a loiça do jantar na máquina e, de repente, fiquei super contente porque me lembrei que daqui a precisamente uma semana vamos a um concerto espectacular. 

O problema é que já não é a primeira nem a segunda vez que isto acontece. Ele comprou bilhetes para este concerto há meses mas eu esqueço-me e, de cada vez que me lembro, fico um bocadinho mais feliz.

Ser Dory é bom, afinal.


(não deixa de ter também a sua piada que depois de jantar tenhamos visto um filme que eu andava há meses para ver e cuja banda sonora é precisamente do artista que vamos ver para a semana, sem que eu fizesse a mais pequena ideia...) 

sábado, 24 de novembro de 2018

Da dura realidade que nos chega na forma de um dorsal...

Começa amanhã o Troféu CM Oeiras - Corrida das Localidades, com a prova de Porto Salvo.

O responsável da minha equipa enviou-me há pouco uma foto do meu dorsal.

F35.

Como, Senhores?! Como?! Não estava preparada para esta subida de escalão!... Eu faço mesmo 35 para o ano?... Onde é que foi parar a minha vida?...

F35.

Agora que eu ia dar tudo no meu escalão!...

Ainda não acredito.

domingo, 18 de novembro de 2018

Do meu estado actual...

No sofá, com o Snow a dormir ao meu lado, a ouvir músicas de Natal.

Chegámos sexta, exactamente 23h depois de termos saído do hotel em Varadero. De rastos e completamente baralhados com a noite passada a voar, o fuso horário e o jet lag.

Foram duas semanas de férias que pareceram uma vida inteira. Vimos tanta coisa tão diferente, que ainda não consegui processar tudo. Assim que eu o consiga, vão sair muitos e variados posts!

Ontem fomos buscar o Snow (ficou no Jardim Zoológico com os primos leões), que veio super carente e deprimido (já lhe prometi que não volta a acontecer...). 

Hoje fomos comprar a nossa primeira árvore de Natal a dois. Já a montámos mas ainda não a decorámos. Vou testar aquela teoria que diz que devemos deixar que os gatos se vão habituando à árvore a pouco e pouco, não pondo as novidades todas logo de uma vez. Também acho que a vou amarrar ao varão dos cortinados. Just in case.

E agora vou tirar 2 ou 3 horas para ler tudo o que por aí se escreveu na minha ausência.

Boa semana, Mundo!

quarta-feira, 31 de outubro de 2018

Das coisas em que (não) acreditamos...

Deixei de acreditar no para sempre. Naquela ideia romântica de que as coisas não vão ter fim, que serão eternas. Nada é eterno, tudo tem um fim.

Deixei de acreditar no amor para a vida toda. Porque a vida toda é muito tempo e a vida dá voltas e voltas.

Não sou capaz de usar expressões como "amor da minha vida". A minha vida é tão curta, e eu não sei se terei mais amores, não sei qual será o amor da minha vida. 

Sei o amor que tenho hoje. Sei que quero que dure o mais possível. Sei que é o meu amor. Apenas e só.

Não sei se a vida me tornou fria ou se, simplesmente, me tornou menos ingénua. Mas sei que me ensinou que na vida não há certezas, não há verdades absolutas, não há nada garantido. E isso só me faz querer dar mais valor ao que tenho. Porque não sei por quanto tempo o vou continuar a ter.

segunda-feira, 29 de outubro de 2018

Do estudo do dia... - I

As pessoas que montam as decorações de Natal mais cedo são mais felizes, diz um expert.

Eu gosto do Natal. Gosto das decorações. Gosto da antecipação. Gosto da contagem decrescente.

Se isso faz de mim uma pessoa mais feliz? Não sei. Mas gosto de acreditar que sim.


(vou tentar manter por aqui esta fabulosa rubrica, certa de que material não me faltará...)

sexta-feira, 26 de outubro de 2018

Das coisas que descobrimos num treino de 5km...

Por aqui, continuamos em modo treinos curtos e lentos. Mas duros e difíceis.

No fim-de-semana fomos para Lagos e fomos correr. Quando fiz a mala (uns bons 10 minutos antes de sair de casa...), decidi agarrar nos Vomero mai' lindos, que começavam a acusar alguma ciumeira, face aos GT-2000, que tenho utilizado nos últimos tempos, nas raras vezes em que corro (ou caminho, ou qualquer coisa desse género).

Como certamente não se recordam, eu tenho um grande drama com as bolhas nos pés. Depois de um teste na Asics que confirmou que tenho passada pronadora, comprei os GT-2000, mas nunca os usei muito, porque quando os comprei estava na fase final da preparação para a Maratona e não fazia sentido estar a inventar com ténis novos, e depois disso não corri muito mais. Não cheguei a fazer um post sobre eles, precisamente, por esse motivo.

Quando voltei a correr, e depois de os pés terem tido todo o tempo do mundo para recuperar, as bolhas não voltaram a aparecer. Mas eu sempre achei que isto era por estar a correr, no máximo, 5km, e que não podia daí tirar qualquer conclusão e afirmar que os GT-2000 estavam a fazer a diferença.

Até que corri com os Vomero em Lagos... E, afinal, bastam 5km para eu ficar com bolhas nos pés. E, afinal, os GT-2000 fazem mesmo diferença.

Não vou já lançar os foguetes todos porque quero esperar por voltar a correr a sério, para perceber como os meus pés reagem a treinos mais longos. Mas... Há esperança!

quinta-feira, 25 de outubro de 2018

Das novas doenças desta sociedade em que vivemos...

Diz um daqueles estudos que hoje em dia se multiplicam à velocidade da luz, que temos uma nova doença a afectar a população no século XXI: o vício de viajar.

Doente me confesso. E deve ser por isso que ainda não fiz a próxima viagem e já estou super entusiasmada com a que se seguirá.

Inscrições feitas, bilhetes comprados e alojamento marcado.

Vou voltar à (minha) ilha.

Até já, Columbus Trail!

segunda-feira, 22 de outubro de 2018

Dos milagres na nossa vida...


Há dias cruzei-me com esta citação num qualquer grupo de corrida. E é isto. É tão isto.

Precisamente seis meses depois da minha primeira Maratona, e quando ainda me custa escrever isto (eu fiz mesmo uma Maratona?), o sentimento é o mesmo: o meu milagre não foi ter feito uma Maratona. O meu milagre foi ter feito a inscrição, foi ter passado por meses de treino, foi ter vivido mil altos e baixos pelo caminho, foi ter abdicado de muita coisa, foi ter arranjado forças ainda não sei bem onde, foi não me ter deixado abater pelo que aconteceu nos dias antes da prova, foi não ter desistido ainda antes de começar. O meu milagre foi mesmo ter posto os pés na linha de partida naquele dia 22 de Abril em Madrid.

Ainda hoje, não sei como fui capaz. Ainda hoje, digo o mesmo a quem me pergunta: fazer uma Maratona não custa. Custa é todo percurso até lá.

Mas vale tanto a pena!

terça-feira, 16 de outubro de 2018

Da outra face da Internet...

Li recentemente uma entrevista que me chocou. Chocou-me na medida em que me chocam todos os banhos de realidade que a vida me vai dando. Eu vivo na bolha do meu mundo cor-de-rosa, da nossa sociedade justa e equilibrada, deste país tranquilo e seguro. Mas o Mundo é incrivelmente diferente daquilo que é o meu Mundo. E o Mundo choca-me. Muito. Muitas vezes.

Esta entrevista fala sobre o outro lado da Internet e das redes sociais. Do Facebook, mais especificamente. Da realidade que não vemos. Da crueldade da figura humana. Fala de terrorismo, de pedofilia, de violações, de homicídios e suicídios em directo. Fala de realidades tão distantes das nossas, que nos esquecemos delas. Mas que existem. Todos os dias. A toda a hora. Porque o ser humano é capaz das coisas mais incríveis, mas também é capaz dos actos mais bárbaros. 

Se tiverem curiosidade, leiam a entrevista aqui

segunda-feira, 15 de outubro de 2018

Da Meia-Maratona de Portugal (ou Vodafone, ou da Ponte Vasco da Gama, ou do IC2)...

Não, não se deixem enganar pelo título. Obviamente, não fui fazer a Meia.

Fui fazer algo bem mais importante. Para mim, pelo menos. E como este blogue (ainda) retrata a minha existência, é muitas vezes dedicado a falar das coisas importantes da minha existência nos dias em que não consigo oprimir a narcisista que há em mim.

Pois que ontem voltei a correr 5km. É verdade! A modos que forcei a Fabiana a ir comigo, e lá fomos as duas, por essa Expo fora, num ritmo estonteante, indo contra o vento terrível que se fazia sentir. Se não fomos mais rápidas foi culpa do vento. Obviamente, foi culpa do vento.

Em nosso abono, que se diga que fomos devagar, mas fomos o tempo todo na conversa. E isso, já se sabe, consome energia e oxigénio. Se não houvesse vento e se tivéssemos ficado caladas, éramos meninas para ter batido uns quantos recordes! Assim sendo, ficará para uma próxima. Até porque ainda não desisti da ideia de um treino da blogosfera... Só me falta voltar a correr!

Depois do treino, a Fabiana tinha outros compromissos, e eu também: tinha-me comprometido com os 4802 atletas que fizeram a Meia-Maratona. Já que não ia correr, decidi devolver ao Universo o que o Universo me tem dado e fui fazer aquilo que tanto gosto que façam por mim: dar apoio a quem ia correr, bater palmas até me doerem os braços, gritar palavras de incentivo, distribuir sorrisos de quem sabe o que os outros estão a sentir (ou acha que sabe), e ajudar a levar algum ânimo a quem dele precisava.




Tinha uma lista generosa de pessoas conhecidas que iam correr e que eu ia queria ver. Não vi quase ninguém... Vi dois dos meninos da minha equipa (que iam lançados nos 100 primeiros e fizeram tempos incríveis!), vi algumas caras famosas de atletas profissionais portugueses, fui chamada por outro colega de equipa, e, basicamente, foi isto. O único sortudo foi o N., que teve a inteligência de controlar o seu ritmo milimetricamente para passar por mim no exacto momento em que eu fazia um vídeo em directo para o Instagram. Curiosamente, acho que ele era dos poucos que não sabia que eu ia, e foi dos poucos que eu vi!... Fiquei mesmo com pena de não ver algumas caras, como o João Lima e uma colega de equipa que se estreou nesta distância.

Esta vida de assistir a provas não é fácil, sabem? É toda uma ciência! Eu já aprendi que escolhi mal o local... Ali o grupo ainda vem muito compacto, porque vem com poucos quilómetros e porque foi pouco depois do primeiro abastecimento. Na maior parte do tempo, tinha mesmo dificuldade em tentar identificar quem quer que fosse!... Também já aprendi que para a próxima tenho de levar um apito, uma vuvuzela, um megafone... Qualquer coisa que dê descanso às minhas mãos, quando já não conseguir bater mais palmas!...

Foi a primeira vez que participei numa Meia, estando do lado de fora. E posso dizer-vos que as sensações são igualmente incríveis! Muito me emocionei, muito sorri, muitas vezes desejei "força!", muitas vezes ouvi "obrigado", muitas vezes me ri com algumas das vestimentas (alguém sabe em que lugar ficou o Asterix?), muitas vezes fiquei muito feliz por poder partilhar algo tão especial com todos aqueles atletas. Correr tem disto. É algo que não se explica. E não me quero tornar numa daquelas pessoinhas irritantes que endeusa as coisas ou que se acha especial ou mais do que os outros só porque já experienciou isto ou aquilo. Todos nós temos as nossas coisas especiais nas nossas vidas. Para mim, a corrida e as sensações que me provoca (mesmo quando não corro), é muito especial. É inexplicável. É indescritível. Não espero que ninguém o perceba e aceito que, para muitos, não faça sentido nenhum.

A todos os que ontem fizeram a Meia, a Maratona ou a Mini: parabéns! Vocês são grandes!

sábado, 13 de outubro de 2018

Das lições que uma chávena de chá nos pode dar...


Este vídeo já tem uns anos, mas voltou a circular agora pelos motivos que se sabem. E é genial de tão simples que é. Parece óbvio, não é? Se a pessoa não quer chá, não a obriguem a beber chá! Simples, assim. Só que para algumas pessoas (e não apenas para alguns homens), isto parece complicado de perceber. Quanto mais não seja, que esta polémica toda sirva para pôr mais algumas pessoas a pensar sobre isto, a falar sobre isto, a perceber que existem limites e que a vontade própria tem de ter sempre a última palavra.



#MeToo

quinta-feira, 11 de outubro de 2018

Do fim-de-semana pela Régua...

Não foi fácil já ir a caminho quando soubemos do cancelamento das provas mais longas do Douro Ultra Trail, mas achámos que o melhor a fazer (ou mesmo a única coisa a fazer), era tentar aproveitar o fim-de-semana prolongado que tínhamos pela frente. E assim fizemos!


Depois de irmos levantar o dorsal dele, e de beber um copo na fantástica esplanada do Museu do Douro, fomos jantar a um italiano (que não deixou grandes saudades, confesso).


Eu comi uma salada. É verdade!... Foi a minha única tentativa de ser saudável no fim-de-semana inteiro. Mas, pelo menos, tentei!


Ficámos confusos com esta mensagem no elevador do hotel, mas decidimos ser rebeldes e agarrámo-nos um ao outro. Sobrevivemos.

Marquei este hotel única e exclusivamente porque tinha piscina. Achava eu que ia aproveitar o tempo que ele ia demorar a fazer os 45km para ganhar a cor que não ganhei durante o Verão que passei fechada em casa... Pois que a piscina era um pequeno lago verde, pois passou a estar fechada desde o dia 1 de Outubro. Pois. 


Como sou uma pessoa amorosa (ou não), Sábado acordei cedo e fui com o louco mais louco do que eu até à partida dos 25km. Na verdade, a alternativa era ele ter de apanhar um dos autocarros que partiam até às 7h30... Ninguém merece, certo?


Pontos muitos positivos para esta partida dos 25km do Douro Ultra Trail! Tivemos direito a um rancho popular a tocar e a cantar, tivemos um abastecimento (acredito que tenham ficado com muita comida a mais, depois do cancelamento das outras duas provas), e tivemos aquela coisa que a malta super saudável das corridas come: nutella. Muita nutella.


Tivemos? Eu não tive nada... Mas tiveram todos os bravos atletas que alinharam naquela meta no Sábado de manhã.




Pouco depois das dez lá foram eles, encosta acima. E eu? Eu fiquei ali, arrepiada, emocionada, de lágrimas nos olhos (benditos óculos escuros!), a tentar gerir as estranhíssimas emoções de, pela primeira vez, assistir à partida de uma corrida na qual não participei. E a vontade que eu tinha de participar!... Custou-me. Custou-me mesmo muito. Eu estava inscrita nesta prova. Eu devia ter ido correr. Mas quis a minha recuperação que assim não fosse. E custou-me... Quem corre sabe bem o que é a adrenalina do início de uma prova, os olhares cúmplices, os sorrisos mais ou menos nervosos, as últimas palavras trocadas, a emoção em crescendo até ouvir o som da partida. São sensações únicas. E das quais eu tenho demasiadas saudades!...

Mas, em não tendo muito mais para fazer, e tendo companhia de outra roadie, aproveitei para dar umas voltas, e acabámos por ir até ao Pinhão. O Douro e as suas paisagens merecem mesmo o título de Património da Humanidade, e é impossível não nos apaixonarmos um bocadinho por aquela região. Não há fotografias que lhe façam justiça.



À tarde, depois da prova concluída, do banho tomado, e de um almoço numa tasca daquelas mesmo típicas, decidimos espreitar o Museu do Douro.




E foi uma bela surpresa! É um museu pequeno, mas que nos permite aprender algumas coisas sobre a história do Douro, e descobrir algumas curiosidades sobre esta região, que está intimamente ligada à produção do vinho do Porto.





Incluído no bilhete do Museu está um copo de vinho do Porto, em jeito de prova, que tomámos a apreciar o pôr-do-Sol e a vista magnífica.


O jantar foi em Lamego, no restaurante Vindouro. E foi tão bom! O espaço, o atendimento, o vinho, o meu filete de robalo e o bacalhau dele, as sobremesas... Não é barato, mas aproveitámos uma promoção do The Fork e acabou por ficar a um preço bastante aceitável para a qualidade do que nos foi servido. Se forem para aqueles lados, vale mesmo a pena! 


No dia seguinte, rumámos a Viseu, já a caminho de Lisboa. Já não ia a Viseu há muitos anos e, apesar de ter sido uma visita curta, deu para passear um pouco pelas ruas e visitar a Sé.


Roupa estendida numa janela Manuelina é um luxo que não é para qualquer um, não!







Almoçámos muito bem, pois claro, que neste país só come mal quem quer, ainda fomos comprar uns doces típicos de Viseu (só para o lanche... não fosse dar-nos a fome pelo caminho), e rumámos a sul. 

Apesar da desilusão com o Douro Ultra Trail, acabou por ser um excelente fim-de-semana, que deu para passear, para descobrir novas coisas no nosso país, para descansar, e para ganhar mais quilos do que aqueles que gostaria.

Não tendo tido férias de Verão, cada um destes fins-de-semana fora sabe-me pela vida! E só comprova aquilo que já todos sabemos: não precisamos de ir para fora para passar bons momentos, comer bem, beber melhor, e ver coisas incríveis!

sexta-feira, 5 de outubro de 2018

Do copo meio cheio...


Nem tudo é mau e uma pessoa sempre aproveita para passear. 



E fazer uns amigos novos. Ou inimigos, se considerarmos que o nosso carro levou umas marradas de umas ovelhas... 


E comer e beber, que há quem vá correr amanhã (passaram as inscrições dos 85 e dos 45km para os 25km...).



E passear mais um bocadinho, que o nosso país é mesmo o melhor do mundo.


Os devaneios Agridoces mais lidos nos últimos tempos...